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Fortalecendo a Bioeconomia da Amazônia: Insights do nexBio Amazônia 2025

Atualizado: 30 de set.

Por Silvan Ziegler, Diretor de Mercados da América Latina, KOLTIVA 


Aviso: Este artigo foi traduzido com o uso de IA e pode conter imprecisões.

Disclaimer: This article was translated using AI and may contain inaccuracies.


Nota do Editor: 

Reflexões da Koltiva sobre a construção de cadeias de valor mensuráveis, inclusivas e positivas para a floresta na Amazônia. Este artigo se baseia nos insights da participação da Koltiva no nexBio Amazônia 2025, um programa internacional de inovação organizado pela Swissnex no Brasil e pela Leading House for the Latin American Region da Universidade de St. Gallen. O programa conecta startups, pesquisadores suíços e brasileiros na bioeconomia. A partir de visitas de campo a Belém e Manaus, e da experiência da Koltiva em rastreabilidade e sustentabilidade em toda a América Latina, o artigo reflete sobre o papel crítico da bioeconomia na conservação da Amazônia e sobre os aprendizados que a Koltiva levará adiante para fortalecer cadeias de valor positivas para a floresta por meio de rastreabilidade, Indicações Geográficas (IGs) e monitoramento da biodiversidade. 


Resumo Executivo 

  • A Amazônia enfrenta um ponto de inflexão: a perda de 20–25% de sua floresta pode desencadear uma savanização irreversível. 

  • Uma bioeconomia viva oferece uma promessa dupla: conservar ecossistemas enquanto sustenta os meios de vida locais. 

  • Rastreabilidade e monitoramento da biodiversidade são essenciais para posicionar os produtos amazônicos como positivos para a floresta nos mercados globais. 

  • A Koltiva convoca cooperativas, empresas e investidores a se unirem na construção de uma bioeconomia amazônica mensurável, inclusiva e verificável. 


Introduction – The Urgency of a Living Amazon Bioeconomy 

Introdução – A Urgência de uma Bioeconomia Viva na Amazônia 

A floresta amazônica continua sendo a maior floresta tropical do mundo e uma das mais frágeis. Cientistas alertam que, uma vez que 20–25% de sua cobertura florestal seja perdida, os padrões de chuva podem colapsar, empurrando vastas áreas para uma savanização irreversível (The Guardian, 2025).


Essa urgência nos obriga a ir além de ver a Amazônia apenas como uma floresta a ser protegida. Para preservá-la, devemos também sustentar os milhões de pessoas que vivem nela. Uma bioeconomia viva — onde a biodiversidade é gerida de forma sustentável e integrada a cadeias de valor inclusivas — oferece essa dupla promessa: conservar ecossistemas enquanto promove os meios de vida e fortalece a equidade social das comunidades locais. 

 

Uma bioeconomia viva deve conservar os ecossistemas enquanto sustenta os meios de subsistência - Koltiva.com

O conhecimento indígena e tradicional desempenha um papel vital na formação dessa visão. Como destacado durante o diálogo “Vozes da Floresta: Pontes para a COP30” no nexBio Amazônia 2025, a sabedoria dos povos da floresta, juntamente com princípios de equidade e identidade cultural, são centrais para a construção de modelos resilientes e centrados na comunidade. Acadêmicos como o professor Danilo Araújo Fernandes (NAEA/UFPA) ressaltam que a bioeconomia amazônica deve ser compreendida pela ótica da sociobiodiversidade, um conceito que integra dimensões ecológicas, culturais e sociais em um único quadro. 


Ainda assim, a sociobiodiversidade também representa uma oportunidade econômica. Globalmente, cresce a demanda por commodities sustentáveis, soluções baseadas na natureza e cadeias de fornecimento transparentes que atendam às expectativas dos consumidores e requisitos regulatórios. Isso posiciona a Amazônia não apenas como um tesouro natural a ser protegido, mas também como uma fonte de soluções escaláveis e resilientes ao clima para os mercados globais. 


Para a Koltiva, a participação no nexBio Amazônia 2025 — organizado pela Swissnex no Brasil e pela Leading House for the Latin American Region da Universidade de St. Gallen — foi ao mesmo tempo uma honra e uma oportunidade única. Ser selecionada como uma das startups suíças promissoras a integrar esta segunda edição do programa nos deu a chance de interagir diretamente com inovadores, cooperativas e instituições brasileiras, além de refinar nossa estratégia para a bioeconomia amazônica.  


Vozes da Floresta: Pontes para a COP 30 – Um Encontro Suíço-Brasileiro para o Lançamento da 2ª Edição do Programa nexBio Amazônia - Koltiva.com
Vozes da Floresta: Pontes para a COP 30 – Encontro Suíço-Brasileiro para o Lançamento da 2ª Edição do Programa nexBio Amazônia

Por que a Bioeconomia é Importante para a Conservação da Floresta 

Definindo a Bioeconomia no Contexto Amazônico 

Globalmente, o termo "bioeconomia" costuma ser definido em termos técnicos. A OCDE a descreve como o uso de recursos biológicos renováveis para produzir alimentos, energia, materiais e serviços, enquanto a União Europeia enfatiza a circularidade, a inovação e o crescimento de baixo carbono. 


Na Amazônia, no entanto, o conceito vai além dessas definições. Aqui, a bioeconomia baseia-se em produtos florestais madeireiros e não madeireiros (PFNMs), culturas agroflorestais e recursos genéticos — que vão do cacau e açaí às castanhas-do-pará, cupuaçu, óleos essenciais e plantas medicinais. O que a torna distinta é a integração da sociobiodiversidade: o reconhecimento de que as dimensões ecológicas, culturais e sociais são inseparáveis. Isso posiciona a bioeconomia amazônica não apenas como um conjunto de cadeias de valor, mas como um sistema vivo enraizado tanto na ciência quanto no conhecimento tradicional. 


Essa perspectiva multidimensional estabelece as bases para compreender o potencial de mercado da bioeconomia. Ao combinar conhecimento tradicional e patrimônio cultural com a crescente demanda global por produtos baseados na biodiversidade, a Amazônia pode posicionar sua bioeconomia tanto como uma estratégia de conservação quanto como um motor de prosperidade sustentável. 


Representante da Associação de Mulheres Extrativistas do Combu (AME Combu) fortalecendo mulheres locais envolvidas em práticas extrativistas tradicionais, especialmente a produção de óleo de andiroba - Koltiva.com
Representante da Associação de Mulheres Extrativistas do Combu (AME Combu), que fortalece mulheres locais envolvidas em práticas extrativistas tradicionais, especialmente na produção de óleo de andiroba.

O Potencial de Mercado dos Produtos da Biodiversidade 

A demanda global por produtos baseados na biodiversidade está em ascensão, impulsionada pelo interesse dos consumidores em saúde, ingredientes naturais e fornecimento sustentável. Somente no Brasil, a bioeconomia pode alcançar US$ 284 bilhões anuais até 2050 (BID, 2023; Agropages, 2023). 


Reconhecendo esse potencial, o Estado do Pará tem sido pioneiro com o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), liderado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). Estruturado em torno de pesquisa e inovação, patrimônio cultural e genético, e cadeias de valor sustentáveis, o PlanBio oferece um roteiro para ampliar produtos positivos para a floresta, como o açaí, o cacau e a castanha-do-pará. 


Representante da Ygara Artesanal & Turismo com um cacho de açaí, superalimento da Amazônia. - Koltiva.com
Representante da Ygara Artesanal & Turismo com um cacho de açaí, superalimento da Amazônia.

Nossas visitas de campo ilustraram como esse potencial está sendo colocado em prática. Em Belém, o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) apresentaram inovações aplicadas, como embalagens sustentáveis a partir de resíduos de açaí, óleos essenciais e papel feito com resíduos de açaí. Em Manaus, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) destacou a importância de conectar ciência e conhecimento ancestral, com diálogos sobre a construção de cadeias bioeconômicas justas e centradas na comunidade. 


Um exemplo de papel sustentável feito a partir de resíduos de açaí no laboratório de bioeconomia da UFRA - Koltiva.com
Um exemplo de papel sustentável feito a partir de resíduos de açaí no laboratório de bioeconomia da UFRA.

Outro destaque foi a masterclass do Prof. Ismael Nobre, cofundador da Amazônia 4.0, que propõe levar tecnologias da Indústria 4.0 para comunidades da floresta por meio dos Laboratórios Criativos da Amazônia (ACLs). Essas unidades móveis de prototipagem cocriam produtos de valor agregado, como chocolates à base de cupuaçu e cacau, óleos e derivados do açaí — unindo inovação à identidade cultural e fortalecendo empreendedores locais. A visão do Prof. Nobre ressalta que tecnologia e tradição podem caminhar lado a lado, posicionando as comunidades como protagonistas em uma economia global positiva para a floresta. 


Juntos, o PlanBio, os polos de pesquisa aplicada e iniciativas visionárias como a Amazônia 4.0 mostram como o Pará e o Amazonas estão construindo as bases de um pipeline do laboratório ao mercado, que alinha políticas públicas, ciência e conhecimento comunitário. 

 

Riscos do “Business as Usual” e o Desafio do Ponto de Inflexão 

Apesar de seu potencial, a bioeconomia amazônica enfrenta riscos se reduzida a retórica ou marketing. O desmatamento, a mineração ilegal e a expansão de monoculturas continuam a degradar tanto a floresta quanto seu potencial de mercado. Sem verificação confiável e modelos de negócios inclusivos, a bioeconomia pode falhar em cumprir sua visão transformadora. 


No nexBio Amazônia 2025, esse risco foi contraposto às oportunidades de inovação empreendedora. Raphael Medeiros, Diretor do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, compartilhou insights sobre uma nova onda de negócios sustentáveis que surgem em toda a região — empreendimentos que combinam conhecimento tradicional com soluções orientadas para o mercado em alimentos, cosméticos, fibras florestais e ecoturismo. Essas iniciativas demonstram que, quando os empreendedores são fortalecidos com ferramentas de rastreabilidade, financiamento e ambientes políticos favoráveis, a bioeconomia pode passar do conceito à realidade. 


O desafio daqui para frente é garantir que esses modelos cresçam de forma inclusiva, respeitando a sociobiodiversidade ao mesmo tempo em que atendem aos padrões globais de transparência e sustentabilidade. Só assim a Amazônia poderá evitar o ponto de inflexão e se tornar um verdadeiro exemplo de bioeconomia viva. 


Traceability is not just compliance – it is a market enabler - Koltiva.com

O Papel da Rastreabilidade na Expansão da Bioeconomia 

Por que a Rastreabilidade Desbloqueia o Acesso a Mercados e Aumenta a Transparência 

Para commodities globais como cacau, café e borracha natural, a rastreabilidade tornou-se um requisito regulatório sob o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR). Mas, para a maioria dos produtos da bioeconomia amazônica — açaí, cupuaçu, camu camu, buriti, castanhas-do-pará, óleos e plantas medicinais — o EUDR ainda não se aplica. 


Ainda assim, compradores e consumidores demandam cada vez mais garantias e comprovações confiáveis de que a origem desses produtos não contribui para o desmatamento. De fato, essas cadeias de valor têm potencial para ir um passo além: podem ser desenhadas como cadeias de suprimento positivas para a floresta, nas quais o comércio apoia ativamente a conservação e o reflorestamento. 


Nesse contexto, a rastreabilidade exerce um papel duplo: 

  • Credibilidade e confiança – fornecendo dados verificáveis de que os produtos são obtidos de forma legal, ética e sem desmatamento. 

  • Geração de valor – diferenciando os produtos amazônicos como vetores de conservação e regeneração, e não apenas como “livres de desmatamento.” 


Essa necessidade foi fortemente destacada durante o programa nexBio Amazônia. Em sessões de pitch em Manaus — incluindo o Centro de Bioeconomia da Amazônia (CBA), a FPF Tech e o Impact Hub — as partes interessadas enfatizaram repetidamente a rastreabilidade como elo perdido para conectar produtos sustentáveis a mercados premium. Seja em alimentos, cosméticos ou bioinsumos, empreendedores locais e cooperativas relataram a dificuldade de comprovar conformidade e sustentabilidade para compradores internacionais. 


Essas trocas confirmaram que a rastreabilidade não é apenas um requisito regulatório — é um facilitador de mercado. Ao equipar produtores e PMEs com ferramentas para validar origem, legalidade e impactos sobre a biodiversidade, plataformas como o KoltiTrace podem ajudar os produtos amazônicos a acessar cadeias de valor globais e garantir reconhecimento como verdadeiramente positivos para a floresta. 


Koltiva participando da sessão de pitch no CBA - Koltiva.com
Koltiva participando da sessão de pitch no CBA.

Além do Desmatamento: Monitoramento da Biodiversidade para a Bioeconomia 

Lições dos Projetos de Bioeconomia da Koltiva na Colômbia e no Peru 

Por meio do projeto Frutos del Bosque (UK PACT) na Amazônia colombiana, a Koltiva está incorporando indicadores de biodiversidade — como a presença de espécies e a integridade dos habitats — nos sistemas de rastreabilidade de PFNMs, como açaí, cupuaçu, camu camu e corozo. Isso cria a base para créditos de biodiversidade e outros mecanismos de incentivo, posicionando as cadeias de valor como verdadeiramente positivas para a floresta, e não apenas livres de desmatamento. 


A necessidade de tais abordagens também foi destacada durante o programa nexBio Amazônia. No Impact Hub Manaus, sessões temáticas sobre cadeias de suprimento regenerativas, dados indígenas e conservação enfatizaram a falta de ferramentas para medir os impactos da biodiversidade no nível do produtor e da comunidade. Empreendedores locais e pesquisadores apontaram repetidamente essa lacuna como uma barreira à credibilidade nos mercados globais. 


O Bioeconomy Amazon Summit (BAS) reforçou essa mensagem sob a perspectiva dos investidores: para que a bioeconomia amazônica atraia capital em escala, é preciso demonstrar não apenas que a produção evita o desmatamento, mas também que regenera ativamente os ecossistemas e fortalece a biodiversidade. 


Koltiva no Bioeconomy Amazon Summit com colegas brasileiros representando os setores de pesquisa e startups do Brasil no nexBio Amazônia - Koltiva.com
Koltiva no Bioeconomy Amazon Summit com colegas brasileiros representando os setores de pesquisa e startups do Brasil no nexBio Amazônia.

Além da Colômbia, a Koltiva também aplicou sua expertise em rastreabilidade a outras origens. No Peru, KoltiTrace apoia o sistema de Indicação Geográfica (IG) do Café Villa Rica, garantindo autenticidade e protegendo os produtores contra imitações, além de fortalecer o acesso a mercados diferenciados. Também realizamos um projeto-piloto de rastreabilidade do buriti (aguaje) na Amazônia peruana, adquirindo experiência valiosa no trabalho com cadeias de valor da bioeconomia local. Essas iniciativas mostram como os sistemas digitais podem conectar biodiversidade, cultura e território, reforçando tanto o acesso ao mercado quanto os resultados de conservação. 


Em conjunto, esses insights confirmam que o monitoramento da biodiversidade e a rastreabilidade vinculada à origem já não são opcionais. Eles são necessidades estratégicas para posicionar os produtos amazônicos na próxima geração de mercados sustentáveis. 


Integrando a Biodiversidade em Métricas ESG 

A incorporação da biodiversidade nos frameworks de ESG está se tornando rapidamente um imperativo empresarial. O Global Biodiversity Framework (Meta 15) e a Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD) esperam que as empresas divulguem não apenas os riscos climáticos, mas também suas dependências e impactos sobre a biodiversidade. 


Essa tendência foi ecoada durante o programa nexBio Amazônia. Em eventos como o Bioeconomy Innovation Boost na Universidade Nilton Lins e nas sessões do Impact Hub, representantes corporativos e pesquisadores levantaram a questão de como avançar de estudos isolados de biodiversidade para métricas padronizadas que possam ser integradas a dashboards de ESG e relatórios para investidores. Sem essas ferramentas, muitas empresas que compram da Amazônia enfrentam dificuldades em demonstrar de forma credível suas contribuições positivas para a natureza. 


Para a Koltiva, isso representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. Ao integrar indicadores de biodiversidade em plataformas digitais de rastreabilidade, podemos ajudar empresas a medir, relatar e recompensar práticas positivas para a biodiversidade — e dar aos produtores amazônicos espaço em mecanismos de incentivo emergentes, desde créditos de biodiversidade até esquemas de financiamento misto. 


Essa mudança — de “evitar danos” para regenerar ativamente os ecossistemas — é essencial para que a bioeconomia amazônica seja reconhecida como líder na transição global para a sustentabilidade. 


Programa nexBio Amazônia – A Jornada da Koltiva 

Principais Aprendizados e Conexões 

O programa reafirmou uma verdade central: a tecnologia sozinha não é suficiente — parcerias locais e redes de confiança são essenciais.

Confiança e relacionamento importam tanto quanto tecnologia - Koltiva.com

Em Manaus, no CBA e na FPF Tech, sessões de mentoria e pitching validaram a forte demanda por rastreabilidade e monitoramento da biodiversidade, ao mesmo tempo em que destacaram a necessidade de desenvolvimento de capacidades junto às soluções digitais. 


Na Universidade Nilton Lins e no Impact Hub, diálogos intersetoriais com instituições como a EMBRAPA, a FAPEAM e a FIOCRUZ revelaram oportunidades em agricultura circular, cadeias de suprimento regenerativas e dados de conservação — temas diretamente relevantes para a missão da Koltiva. 


A participação no Bioeconomy Amazon Summit (BAS) e na competição final de pitches posicionou ainda mais a Koltiva no ecossistema mais amplo, permitindo-nos conectar com empreendedores locais, refinar nosso modelo de negócios e aumentar a visibilidade antes da COP-30 em Belém. 


Visita ao laboratório do CBA com diferentes aplicações desenvolvidas a partir de ingredientes naturais da bioeconomia amazônica. - Koltiva.com
Visita ao laboratório do CBA com diferentes aplicações desenvolvidas a partir de ingredientes naturais da bioeconomia amazônica.

Por fim, as trocas informais — desde os diálogos de “conhecimento e soluções” do INPA até conversas compartilhadas em torno de alimentos amazônicos como cupuaçu, guaraná e mel de abelhas sem ferrão — reforçaram que uma bioeconomia credível se constrói tanto com relacionamentos quanto com tecnologia. 


Em conjunto, essas experiências destacaram uma lição crucial: uma bioeconomia viva na Amazônia requer soluções offline-first, centradas nas pessoas, combinadas com parcerias locais fortes e redes de confiança. 

 

Koltiva participando da sessão final de Pitch no Impact Hub Manaus. - Koltiva.com
Koltiva participando da sessão final de Pitch no Impact Hub Manaus.

Conclusão – Construindo uma Bioeconomia Credível para a Amazônia 

Para a Koltiva, o nexBio Amazônia 2025 — organizado pela Swissnex no Brasil e pela Leading House da Universidade de St. Gallen — não foi apenas um programa de intercâmbio, mas um catalisador. 


Ele nos mostrou que a bioeconomia amazônica deve ser: 

  • Mensurável – com rastreabilidade e monitoramento. 

  • Reconhecida – por meio de IGs e esquemas de certificação. 

  • Inclusiva – fortalecendo cooperativas, mulheres e jovens. 

  • Positiva para a floresta – integrando a biodiversidade nas cadeias de valor. 


O compromisso da Koltiva é transformar esses insights em prática — construindo parcerias, lançando pilotos e ampliando ferramentas digitais que deem às comunidades amazônicas um lugar nos mercados globais livres de desmatamento. Com representação local em Belém e planos para uma subsidiária em Manaus, estamos prontos para co-desenhar soluções que tornem a bioeconomia amazônica mensurável, verificável e inclusiva. 

 

Chamada à Ação – Parcerias para uma Bioeconomia Viva na Amazônia 

Fortalecer a bioeconomia amazônica requer esforços coletivos. A Koltiva está disposta a colaborar com: 

  • Cooperativas e MPMEs interessadas em co-desenhar pilotos que fortaleçam seus dados, mercados e desempenho em sustentabilidade. 

  • Compradores e empresas que adquirem da Amazônia para construir cadeias de suprimento rastreáveis e positivas para a biodiversidade, enraizadas em confiança e transparência. 

  • Investidores e doadores que exploram mecanismos de financiamento misto para ampliar a inclusão de produtores e inovações positivas para a floresta. 


Juntos, podemos tornar a bioeconomia amazônica mensurável, verificável e inclusiva — um modelo que sustente tanto as florestas quanto as comunidades que delas dependem. 


Pronto para colaborar no fortalecimento da bioeconomia amazônica? Vamos nos conectar e desenhar soluções juntos. 


Agradecimentos 

Estendemos nossa gratidão à Swissnex no Brasil, à Leading House for the Latin American Region da Universidade de St. Gallen e ao CONFAP por sua liderança na organização do nexBio Amazônia 2025 e por selecionarem a Koltiva como uma das startups suíças promissoras a participar deste programa transformador. 


Swissnex logo - Koltiva.com

A Swissnex é a rede global da Suíça que conecta pontos em educação, pesquisa e inovação. Sua missão é apoiar o alcance e o engajamento ativo de seus parceiros no intercâmbio internacional de conhecimento, ideias e talentos. Assim, a Swissnex contribui para fortalecer o perfil da Suíça como um polo de inovação líder mundial.


University of St Gallen logo  - Koltiva.com

O Institute of Management in Latin America é um instituto afiliado à Universidade de St. Gallen (HSG), sediado em São Paulo, Brasil, e atua desde 2011 como uma ponte entre a Suíça e a América Latina, promovendo parcerias acadêmicas, colaborações em pesquisa e intercâmbio cultural. 

 

Road to Belem logo  - Koltiva.com

Neste ano, o nexBio faz parte do Road to Belém, uma iniciativa suíça que reúne a rede suíça no Brasil — incluindo a Embaixada, os Consulados, a Swissnex, o Swiss Business Hub e outros parceiros — para fortalecer a cooperação Suíça–Brasil no período que antecede a COP30. O programa promove ações conjuntas em áreas como bioeconomia, resiliência climática, infraestrutura sustentável e diálogo ciência–sociedade, destacando as contribuições suíças para os esforços globais de sustentabilidade. 



Autor: Silvan Ziegler, Sr. Head of Market America, Koltiva

Editora: Gusi Ayu Putri Chandrika Sari, profissional de comunicação com foco em sustentabilidade e mais de 8 anos de experiência na criação de conteúdos impactantes.


Silvan Ziegler atua como Head of Markets Americas na Koltiva, liderando equipes em toda a América Latina para promover cadeias de suprimentos rastreáveis, inclusivas e positivas para o clima. Com mais de 15 anos de experiência em agricultura sustentável e desenvolvimento internacional, ele é especialista em cadeias de suprimentos de cacau e café, práticas regenerativas e estratégias de mitigação de carbono. Seu trabalho é guiado pelo Desenvolvimento de Sistemas de Mercado, garantindo que as soluções sejam escaladas de forma inclusiva e gerem impacto de longo prazo para produtores e ecossistemas. Antes da Koltiva, Silvan foi Gerente de Projetos e Consultor Sênior de Desenvolvimento de Negócios na Swisscontact, onde implementou programas de sustentabilidade, fomentou parcerias multissetoriais e fortaleceu economias rurais. Ele possui dupla titulação de mestrado pelo Graduate Institute of Geneva e pela Universidad Complutense de Madrid.


Recursos:

  • Embrapa. (2023, January 24). Bioeconomy in Brazil can generate US$ 284 billion in revenue per annum. Embrapa. https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/77870291/bioeconomy-in-brazil-can-generate-us-284-billion-in-revenue-per-annum

  • Watts, J. (2024, February 14). Amazon rainforest could reach 'tipping point' by 2050, scientists warn. The Guardian. https://www.theguardian.com/environment/2024/feb/14/amazon-rainforest-could-reach-tipping-point-by-2050-scientists-warn

 
 
 

1 comentário


nefertari
21 de out.

Ótima leitura! Construir uma bioeconomia amazônica credível exige mais do que inovação — exige parcerias baseadas na confiança, na inclusão e em impacto mensurável.

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